Preciso de um prédio! Ele é viável?
Afinal o que significa viabilidade? Segundo o dicionário Michaelis, viabilidade é “1. Condição ou característica do que é viável” e “2. O que pode apresentar bom resultado“. Então podemos entender que a análise de uma viabilidade nada mais é do que a análise de como algo pode ser exequível, pode alcançar bons resultados, pode ter êxito.
Após a conclusão da etapa de preenchimento do Caderno de Solicitação, a segunda etapa do processo de concepção de um prédio trata do Estudo de Viabilidade. Nesta etapa, são feitas análises e avaliações do ponto de vista técnico, legal e econômico que elegem a intervenção que melhor responda às necessidades da Edificação a ser projetada envolvendo a participação de equipe multidisciplinar de profissionais, como Arquitetos e Urbanistas, Engenheiros Civis, Engenheiros Sanitaristas e Ambientais e Engenheiros Eletricistas.
O Estudo de Viabilidade tem como principal objetivo nortear, de forma ordenada, a ocupação dos Campi da Universidade, através da definição de diretrizes para a concepção dos projetos e da verificação da compatibilidade da demanda com os objetivos da Instituição, podendo ainda ser utilizada como ferramenta para captação de recursos e como suporte à Administração na tomada de decisão.
No estudo são analisados itens como: compatibilidade das atividades e ambientes requeridos com o local de implantação; altura da edificação, afastamentos e recuos permitidos no local; circulação e acessos possíveis; limitantes do terreno; restrições ambientais e infraestrutura disponível.
Ao longo do estudo poderão ser também necessárias investigações e levantamentos complementares, como realização de sondagens, levantamentos topográficos e estudos ambientais, os quais não podem ser realizados pela própria Universidade (por falta de equipamentos e recursos humanos específicos), implicando em contratações de terceiros e envolvendo custos.
Na análise da viabilidade da intervenção ainda são feitas as estimativas de custos das próximas etapas projetuais e de obras, através do aprofundamento dos valores apresentados previamente no Caderno de Solicitação, onde neste momento já são considerados custos de urbanização e de infraestruturas necessárias para implantação da edificação. Entretanto, cabe destacar que os custos finais da intervenção só serão conhecidos após as etapas de detalhamento projetual. Até a licitação da obra estes valores sofrerão reajustes em vista que os custos estão diretamente relacionados com os valores praticados no mercado pelas empresas de construção, os quais variam de forma constante.
Apenas com respostas positivas obtidas nesta fase é que deve o projeto avançar na realização de estudos mais detalhados a fim de definir com clareza os parâmetros de execução da obra. Isto significa dizer que quanto maiores os detalhamentos dentro do estudo de viabilidade, menores serão o tempo e os custos investidos nas etapas seguintes.
Na UFSC, as viabilidades podem ser do tipo:
- Viabilidade Concedida (onde todas as variáveis analisadas estão em conformidade nos aspectos técnico, legal e econômico, seguindo a demanda para o desenvolvimento do projeto);
- Viabilidade Concedida com Ressalvas (neste caso existem questões de ordens diversas para serem resolvidas antes do desenvolvimento dos projetos como falta de recursos e questões políticas) ou
- Viabilidade não Concedida (caso em que há um fator determinante para que o projeto não seja desenvolvido, por exemplo, limitantes ambientais e legislativas).
Para entender melhor esta etapa, confira neste infográfico o conjunto de ações envolvidas na elaboração de um Estudo de Viabilidade para uma nova edificação na UFSC.