MOBILIDADE

São muitos os desafios para a garantia de infraestrutura adequada aos cursos de graduação, à pesquisa e à consolidação dos Campi fora Sede da Universidade.

De forma a efetivar a transformação necessária sobre a mobilidade  – com a priorização dos modais ativos (pedestres e ciclistas)  – e com a otimização do direcionamento dos recursos financeiros, a seguir é apresentado o perfil dos Campi UFSC quanto ao modo de deslocamento e descritas as principais formas de atuação do DPAE no tema Mobilidade.


ACESSOS E DESLOCAMENTOS UFSC

 Através de pesquisa realizada em 2022 foi possível conhecer os principais modais utilizados pela Comunidade Universitária em seus deslocamentos até os Campi UFSC. Com um levantamento que contou com 4.065 respostas válidas, foi possível definir o perfil dos deslocamentos em cada um dos Campi.

Em Florianópolis o meio de locomoção mais utilizado é o transporte público, seguido pelo carro e a pé. Nos demais municípios o meio de transporte mais utilizado é o carro, seguido pelo transporte público em Joinville, Curitibanos e Blumenau. Em Araranguá, Florianópolis e Blumenau muitas pessoas vão a pé até a universidade. A bicicleta aparece como um meio de locomoção mais expressivo em Araranguá, também sendo utilizada em Blumenau, Florianópolis e Joinville. As vans ou transporte escolar e aplicativos de viagem são mais frequentemente utilizados nas cidades de Araranguá e Blumenau.  A motocicleta de uma forma geral é um meio de transporte pouco utilizado pela Comunidade Universitária.

De uma forma geral o transporte público aparece como o meio de transporte em que as pessoas levam mais tempo para se locomover das suas origens até a UFSC. As pessoas em sua grande maioria levam mais de 30 minutos e muitas vezes mais de 1 hora no trajeto. Nas cidades maiores como Florianópolis, Joinville e Blumenau as pessoas utilizam mais linhas de ônibus para se locomoverem dos seus locais de origem até a UFSC, em média 2 ou 3 linhas.


ACESSIBILIDADE ESPACIAL

O planejamento estratégico da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC tem a inclusão como um de seus valores no compromisso com a democratização do acesso ao ensino superior público. A Coordenadoria de Acessibilidade Educacional (CAE), setor vinculado à Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD), estabelece ainda os princípios gerais das ações de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência no ambiente universitário: ações descentralizadas, articuladas e participativas; respeito à singularidade; promoção da cultura inclusiva; indissociabilidade entre inclusão e desenvolvimento institucional e ações consistentemente embasadas e informadas.

Desde 2017, com a ampliação da abrangência da Lei de Cotas no Ensino Superior Federal incluindo também pessoas com deficiências, a UFSC vem atuando na execução de ações que visem eliminar barreiras, atitudinais e ambientais, que impeçam a plena e efetiva participação de todos nas atividades da Universidade, objetivando a igualdade de oportunidades. Quanto a Acessibilidade Espacial [1], as ações vem sendo focadas em intervenções que ampliam e adequam o espaço físico da Universidade integrando a melhoria do espaço físico. Entretanto, considerando o passivo e a constante evolução do espaço físico da Universidade, as ações com o objetivo de minimizar ou eliminar as barreiras arquitetônicas urbanísticas e nas edificações e promover a acessibilidade em todos os espaços físicos da Universidade mantêm-se contínuas.

[1] Acessibilidade espacial significa além do que poder atingir um lugar desejado. É também necessário que o local permita ao usuário compreender sua função, sua organização e relações espaciais, assim como participar das atividades que ali ocorrem. Todas essas ações devem ser realizadas com segurança, conforto e independência.

CICLOINCLUSÃO

Uma cultura do automóvel enraizada, problemas no Transporte Público Coletivo Municipal, o processo acelerado de urbanização sem planejamento integrado e a falta de um desenho urbano sustentável trazem reflexos visíveis no Campus Universitário Trindade. Conflitos entre carros e pedestres, estacionamentos lotados e congestionamentos no entorno são cenas recorrentes no Campus.

A política de incentivo à circulação de meios não-motorizados mostra-se como essencial no sentido de estruturar soluções sustentáveis de mobilidade em áreas urbanas. Um desenho urbano sustentável que trata de formas urbanas, disposição das construções e funcionalidades das cidades voltadas à integração dos espaços, traz muitos benefícios à circulação de pessoas. Segurança, mobilidade, saúde e bem-estar são alcançados com propostas que priorizem os pedestres e ciclistas como calçadas mais largas, moderação do tráfego em locais de intenso fluxo de não-motorizados (pedestres e ciclistas) e vias seguras com iluminação e sinalização adequadas. Distâncias dos deslocamentos, relevo e condições climáticas, mostram-se fatores de influência relevantes para uma maior ou menor utilização da bicicleta como um meio de transporte. Contudo, a existência de infraestrutura cicloviária para circulação das bicicletas nas cidades e nos Campi mostra-se como fator principal na propensão de maior utilização do modal ou de utilização por pessoas que ainda não utilizam a bicicleta em seus deslocamentos.

Assim, aliada a custos de infraestrutura substancialmente inferiores em relação às demais modalidades, a cicloinclusão na UFSC vem sendo buscada não só pelos benefícios à mobilidade urbana da UFSC e entorno, mas também visando atender os anseios da Comunidade Universitária e as necessidades reais de um modal já amplamente utilizado nos deslocamentos até o Campus.

A partir dos resultados e diretrizes de estudos feitos sobre o modal pelo DPAE, que incluíram informações coletadas junto aos usuários de bicicletas do campus, ações de cicloinclusão vem sendo implementadas no Campus com destaque a novos bicicletários, passeios compartilhados, iluminação dedicada e sinalização.

Indicadores Estratégicos**:

2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
N° de  bicicletários (locais de estacionamento)  58 58  58  58  67 67
N° de vagas para estacionamento de bicicletas  944  944  944  944 1159  1159 1159 + 13 (em obras) 37 (em projeto)
Localização dos estacionamentos de bicicletas  Mapa
Metragem de infra para circulação de bicicletas (m) 1900 1900 1900 1900 2672 3947 4381

**Unidade Trindade e Unidade Itacorubi


TRANSPORTE PÚBLICO

em breve.

 


 EDU VIEIRA

Em 2016 foi aprovada a cessão de 33.170,12m2  da Área Sede do Campus da UFSC em Florianópolis para implantação, pelo Município, da obra de ampliação da Rua Deputado Antônio Edu Vieira.

Desde então, o DPAE é o Departamento técnico responsável  pela verificação do efetivo cumprimento dos condicionantes da cessão constantes no Termo de Cessão de Uso Onerosa e integram informações do Protocolo de Intenções firmado entre UFSC e PMF e dos consensos da Comissão de Estudos de Transportes e Mobilidade Urbana do Campus Trindade e da Bacia do Itacorubi – CETMU (comissão tripartite UFSC-PMF-Comunidade).

As tratativas realizadas por este Departamento dentro do tema de cessão da área, considerando as atribuições técnicas específicas deste Departamento, apresentando os registros datados do ano de 2010 até o presente momento estão dispostas na página https://dpae.ufsc.br/edu-vieira-cessao-area-ufsc/.