Implementação da Curva ABC e otimizações em etapas envolvidas nas obras UFSC
O Departamento de Projetos de Arquitetura e Engenharia – DPAE busca, de forma contínua, aprimorar os processos envolvidos em suas atividades no intuito de obter produtos que atendam da melhor forma as necessidades da Instituição, levando em consideração critérios técnicos e a boa aplicação dos recursos públicos.
Nesse sentido, o Setor de Orçamento de Obras – SOO do DPAE vem reformulando as ferramentas utilizadas no processo de elaboração de orçamentos para que os produtos emitidos por este setor estejam de acordo com os dispositivos legais vigentes bem como refletindo o que de fato fora especificado pelo projetista. Em um processo iterativo, o SOO/DPAE empregou técnicas para minimizar equívocos ao automatizar rotinas, mapear processos e disponibilizar ferramentas para outros setores que auxiliam o processo orçamentação.
O orçamento é uma etapa crítica do projeto. Orçar um projeto é planejar o cronograma da obra, elaborar composições e formar preços de modo consistente para não incorrer em superfaturamento ou subfaturamento de serviços, ambas situações indesejáveis para a Administração.
A Curva ABC, ferramenta gerencial que classifica as informações que compõem o orçamento ao separar os itens de maior importância ou impacto, é um importante elemento na fase de orçamentação. Conhecida também como 80-20 ou lei de pareto, a Curva ABC considera sua importância baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor.
Figura 1 – Curva ABC
Tal elemento foi recentemente incorporado às ferramentas atuais de desenvolvimento dos orçamentos feitos pelo SOO/DPAE. Com sua implementação, otimizações nas diversas etapas envolvidas nas obras UFSC poderão ser observadas:
- OBRA – Saber quais são os insumos mais onerosos e assim otimizar a atividade de fiscalização nos serviços que estejam empregando os insumos críticos;
- ORÇAMENTO – Possibilita que o orçamentista refine o orçamento mediante a pesquisa de mercado de insumos mais significativos. Também auxilia no planejamento e programação de obras já que ela irá fornecer o total de horas de MO e equipamentos que serão empregados para a realização da obra.
- PROJETO – Ter uma ideia relativa do impacto das especificações de insumos e equipamentos. Usada da forma correta é possível que o projetista faça uma análise crítica do trabalho do orçamentista (e do próprio trabalho), pois se determinado insumo estiver muito barato ou muito caro é provável que houve erro de especificação ou cotação. Adicionalmente, ter o quantitativo total de cada insumo ajudará a perceber eventuais erros de unidades.
- PLANEJAMENTO – Com o feedback de insumos utilizados é possível direcionar os elementos que podem ser utilizados no projeto e assim começar a vislumbrar a elaboração de um caderno de encargos, auxiliando inclusive na atividade de estimativa de custos e estudos de viabilidade.